Químicos em campanha salarial paralisam fábrica da GE em Niterói



Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas de São Gonçalo realizou uma mega operação para promover paralisação de 24 horas na empresa GE Oil & Gás, na zona portuária da Ilha da Conceição, em Niterói. A mobilização começou às 3 da manhã de 1º de julho e só terminou 3 da manhã do dia 2. O comando de greve decidiu fazer paralisações esporádicas, semanalmente, até a empresa reabrir as negociações e dialogar sobre as reivindicações da categoria.

A ação do Sindicato (STI São Gonçalo) só foi possível porque contou com o apoio da Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico do Rio de Janeiro, Força Sindical RJ, STI de Tintas e Vernizes de São Gonçalo, STI Químicos de Nova Iguaçu, STI Químicos de Magé e STI de Artefatos de Borracha do Rio de Janeiro. “O trabalho não foi fácil, mas na análise final do comando de greve, o resultado foi positivo”, avaliou o presidente do Sindicato, José Maria Ferreira Fernandes.

O líder sindical contou que a área em que se encontra a empresa é de difícil controle de acesso. Como o comando de greve tomou toda a parte da entrada da fábrica, a gerência a todo o momento ligava para os trabalhadores, ameaçando a todos, caso se recusassem a entrar. “A área é cercada por píers e a gerência indicava quais deviam ser usados para o translado de barca até o interior da empresa. Vinte dirigentes foram distribuídos em grupos para fazer ronda em todos os píers da região e uma equipe conseguiu localizar um grupo de trabalhadores sendo obrigados a embarcar. Imediatamente conseguimos mobilizar todo o pessoal para este ponto e o embarque foi paralisado. Sem a união de todos, talvez não conseguíssemos lograr tanto êxito” contou José Maria Fernandes.

Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão: firmar Acordo Coletivo de Trabalho, com ganho real de salário de 5%; piso salarial de R$ 2.200,00; ticket alimentação de R$ 400,00; adicional de viagem de R$ 100,00; adicional de embarque de R$ 120,00, entre outros pontos da pauta.

“A empresa alega estar na conformidade com a lei, se valendo de uma convenção coletiva das empresas de Material Plástico. Os trabalhadores entendem que esta convenção coletiva não atende aos seus anseios e que é legítima a reivindicação de firmar um acordo coletivo voltado para a categoria e condizente com a necessidade dos trabalhadores”, afirmou o presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico do RJ e secretário geral do Sindicato de São Gonçalo, Isaac Wallace de Oliveira.

A unidade da GE Oil & Gás em Niterói produz tubos flexíveis para exploração de petróleo e gás natural.

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