Empregados da Mosaic reclamam das situações precárias





A presidente do Stiquifar (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Química e Farmacêuticas de Uberaba e Região), Graça Carriconde está preocupada com as condições precárias que os funcionários estão trabalhando na Mosaic. “Recentemente, nós recebemos toda a equipe do faturamento das Unidades I, II e Portaria de Carregamento de Gesso que relataram algumas situações que foram consideradas relevantes, devido à falta de gestão”, comenta.
Em relação as demandas que são importantes para garantir as condições mínimas, no ambiente de trabalho, estão a infraestrutura do prédio. “A infraestrutura é precária, inclusive a instalação elétrica em geral. Não tem cadeiras, mesas, bebedouros, geladeiras, banheiros, chuveiros, ar condicionados e não tem toner/fotocondutor para as impressoras”, garante Graça apresentando as fotos que foram encaminhadas ao sindicato.
Além de não terem condições adequadas para o trabalho, Graça informou que os trabalhadores também estão se queixando da falta de comunicação interna, com objetivo de melhorarem o desempenho nos setores “Nem mesmo para ajustar os procedimentos, como acontece em todas as áreas das Unidades, os gestores não aceitam opinião ou sugestões para melhoria do trabalho. Não existe argumento, os trabalhadores têm que obedecer as diretrizes e pronto”, afirma.
Desvio de função – A sindicalista também tomou conhecimento de que constantemente as atribuições do faturistas são alteradas e os servidores são expostos a realizar procedimentos arriscados que refletem no seu desempenho, comprometendo inclusive a sua avaliação individual. “A avaliação individual é feita através de critérios pessoais, ou seja, afinidades. Dessa forma, gera desmotivação e revolta nos funcionários, pois falta transparência dos critérios e objetivos”, observa.
Os problemas mencionados pelos trabalhadores são inúmeros, inclusive alguns comprometem a negociação coletiva entre o Stiquifar e Mosaic. Em relação ao turno, Graça mencionou que por estarem trabalhando com o quadro mínimo de trabalhadores, tem empregados no setor que não estão realizando o período de descanso de 2h, fazendo no máximo 1h30. “Tem até menor aprendiz realizando à função de faturista, enquanto faturista realiza funções de assistentes com a anuência do gestor gerando passivo trabalhista”, reforça.
Falta transparência - Segundo Graça, a empresa também não se sensibiliza com a situação dos empregados que são estudantes. “Não é permitido que os trabalhadores que estudam reduzam meia hora do seu horário de descanso, conforme previsto em acordo, para que tenham condições de pegar a van das 18h30. Dessa forma, eles sempre chegam atrasados nas universidades e acabam perdendo o primeiro horário”, explica a sindicalista acrescentando que “fica evidente a falta de interesse e sensibilidade do gestor do faturamento para resolver essa questão”, pontua.
O sindicato também tem conhecimento de que existe casos que férias são marcadas pelos gestores sem discussão prévia com o empregado, impedindo que o mesmo se programe para o gozo do seu direito trabalhista com a família. “Existe dificuldades também na troca de escala (eventual) e compensação de horas referente ao exames periódicos podem ser feito somente de acordo com a determinação do gestor. Sem contar, que ele e o único que está autorizado a resolver os impasses, mas não vemos o comprometimento deles nem para encontrar solução para os problemas mais simples”, analisa
Para concluir, a sindicalista informa que está aguardando uma reunião com o gerente do mencionado setor, considerando que o mesmo estará residindo em Uberaba, a partir deste mês. “A nossa expectativa é que o mesmo tome as ações na solução das demandas apresentadas para que a equipe possa ter condições ambientais e humanas motivadas”.








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