Demissões de terceirizados da Petrobras custam R$ 120 milhões


Fonte: Força Sindical 

A onda de demissões em massa nas empresas terceirizadas da Petrobras já custa à estatal cerca de R$ 120 milhões. Sob a alegação de atrasos nos repasses da petroleira, empresas terceirizadas abandonaram parte dos contratos, gerando um passivo trabalhista questionado judicialmente por sindicatos e trabalhadores. Somente neste mês, a estatal bloqueou cerca de R$ 58 milhões para cobrir o pagamento de indenizações a funcionários da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco.


As dívidas foram levantadas com sindicatos dos trabalhadores, Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco e no Rio, e são referentes aos valores citados em processos e acordos. Desde 2012, ao menos dez empresas abandonaram obras e demitiram mais de 11 mil trabalhadores.

"A Petrobras reitera que está em dia com as suas obrigações contratuais. Eventuais pleitos não representam a existência de dívida por parte da Petrobras", afirmou a petroleira em comunicado. A estatal ainda garantiu que todas as empresas contratadas "apresentam documentos que comprovam sua regularidade jurídica, fiscal, previdenciária e trabalhista". A opinião dos procuradores é diferente.

Débora Tito, que atua em Ipojuca, avalia que a empresa teve "postura irresponsável" nos contratos. "Ela poderia reter as faturas das empresas, mas se omite", disse.

O procurador do MPT de Niterói, Patrick Maia, responsável por parte dos processos do Comperj, reforça que a estatal tem responsabilidade sobre as dívidas trabalhistas.

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