Vale Fertilizantes: Políticas absurdas e controversas

Por T.H

O Stiquifar tomou conhecimento de algumas propostas da Vale Fertilizantes com relação à solução de problemas internos que têm ocorrido dentro das instalações da empresa. Inicialmente, o sindicato ouviu e entendeu a proposta para, posteriormente, fazer uma análise e discuti-la com os dirigentes sindicais. A entidade foi alertada sobre o fato de a área de segurança patrimonial ter em seu poder cópias das chaves dos armários; o que já um problema a ser resolvido.
Salienta-se que o Stiquifar sempre se colocou à disposição para auxiliar em qualquer projeto que tivesse como objetivo melhorar o ambiente de labuta de nossos trabalhadores. Afinal, essa é a função do sindicato: prezar pelo bem-estar e por melhores condições de trabalho. Mas, nos últimos tempos o que tem acontecido é exatamente o contrário.
Munidos do espírito colaborativo e intenções, o sindicato buscou maiores informações sobre as propostas da empresa. Essas, ao contrário do esperado, causaram revolta e indignação. Diferentemente do que se pensava, a Vale Fertilizantes, com vias a resolver seus problemas com os trabalhadores, tem buscado políticas agressivas e inadequadas, que, ao invés de valorizar e incentivar os trabalhadores da base, protegem somente os interesses do capital, sem nenhum respeito ao seus empregados. Esses ficam a mercê da sorte e exigências exacerbas, inclusive com transferência de responsabilidades.

Exigimos explicações

Chegou aos ouvidos de nossos dirigentes, que alguns trabalhadores, mal intencionados, têm conduzido atos ilícitos nas dependências da empresa. Ora, esse é um problema que causa desconforto não somente à empresa, mas principalmente aos trabalhadores de bem; e, evidentemente, precisa ser resolvido com urgência.
Assim como a empresa, o Stiquifar e qualquer instituição representativa ou não, que tenha como base princípios éticos e morais salutares, deseja que um problema como esse seja satisfatoriamente resolvido, visando a melhoria do ambiente de trabalho e a reconquista de uma harmonia entre trabalhadores e empresa.
Discordamos, todavia, da solução apresentada pela empresa, que não visa proteger seus empregados, mas simplesmente seus cargos de chefia e sua direção. Para que se tenha ideia da gravidade da proposta é relevante dizer como ela nos foi apresentada.
Como foi dito, a empresa constatou comportamentos antiprofissionais entre seus quadros de empregados. Esses têm conduzido atos ilegais que prejudicam, não somente a imagem da empresa, mas todos os empregados da Vale Fertilizantes e de terceiros, onde tais práticas têm sido realizadas.
Incentivando o desrespeito ao trabalhador, a empresa quer contratar empresas de segurança com cães farejadores e permitir que esses sejam colocados em suas dependências, de forma aleatória e pontual, à procura de produtos suspeitos. Ora, enquanto os trabalhadores executam suas funções, a empresa quer revistar inapropriadamente seus armários e pertences, permitindo e até encorajando profissionais externos, a invadir sua privacidade e intimidade.

Que tipo de solução é essa, que tenta resolver um problema para criar outro?
O que estaria por trás de tamanha incompetência na busca de soluções coerentes e adequadas?

A resposta, infelizmente, é simples: a falta de preparo dos gestores locais, que, ao invés de pensar com suas próprias cabeças, seguem cegamente as ordens e comandos que lhes são dados.
É triste dizer, mas, os gestores de forma geral não pensam por si próprios e assemelham-se a animais adestrados, que nada decidem por si, mas que apenas cumprem com que lhes é ordenado. Nesse ponto, encontram-se nossas maiores dificuldades.

Como tratar de assuntos de indiscutível importância com representantes limitados e de competência discutível, incapazes de gerenciar com autonomia a unidade que lhes foi confiada?

Os trabalhadores tiveram o desprazer de conviver com situações complicadas, como o excesso de roubos (minimamente três) e, por fim, um assalto de proporções assustadoras, com agressões e ameaças.

O problema é grave, mas felizmente, o Stiquifar, como sempre, tem lutado pela garantia dos direitos dos trabalhadores e pela conquista de novas melhorias, não somente nos salários e condições de trabalho, mas também na obtenção de um lugar seguro para o exercício de suas funções.
Lutamos e continuaremos lutando para que os trabalhadores não sejam molestados e desrespeitados por políticas absurdas como essas apresentadas acima. 
Estamos juntos, companheiros, e assim continuaremos. Tenham certeza que estamos sempre atentos e que, enquanto tivermos força e o apoio de vocês, não permitiremos que seus direitos lhe sejam negados e que a sua intimidade seja invadida sem motivos relevantes e razoáveis.

IMPORTANTE REGISTRAR QUE TEMOS DIREITOS AMPARADOS:

A dignidade da pessoas humana, conforme prevê o artigo 5º, X da CF/1988 diz: “Todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza,  onde seus direitos são invioláveis, a intimidade da vida privada , a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo Dano Moral ou Dano moral decorrente de sua violação” (grifo nosso)

Estamos de olho e continuamos na luta!



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1 comentários:

Unknown disse...

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