Melhora desempenho da Vale em fertilizantes

As melhorias operacionais e de vendas e as reduções de custos registradas pela Vale na divisão de fertilizantes nos dois últimos anos tiraram a pressão sobre a mineradora para fechar parceria com sócio estratégico no negócio de potássio e de rochas fosfáticas. Ao mesmo tempo, as difíceis condições do mercado de commodities, com a queda nos preços dos fertilizantes, dificultam o investimento de empresas estrangeiras que podem se interessar em se associar à Vale no setor no Brasil.
Apesar do ambiente adverso, a mineradora brasileira vive hoje situação diferente da enfrentada em 2013 quando anunciou publicamente que queria abrir participação para sócios na área de fertilizantes. O objetivo continua o mesmo: encontrar um sócio para construir um negócio maior e mais rentável na área de fertilizantes. A parceria poderá ocorrer na holding que reúne os ativos da empresa no setor, a Vale Fertilizantes, ou em projetos específicos. No Brasil, a Vale tem projetos novos, caso de Carnalita, de potássio, e de Patrocínio, de fosfato. No Peru, a empresa quer expandir Bayovar, também de fosfato. E no Canadá há planos de desenvolver Kronau, também ligado ao potássio. Hoje a Vale produz potássio em Taquari-Vassouras, em Sergipe, onde aumentou o volume extraído em 11,7% no terceiro trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior.
Uma eventual parceria não significará desinvestir no setor, mas valer-se do sócio estratégico como alternativa para melhorar o negócio de fertilizantes. A diferença é que hoje a Vale pode, a partir do próprio negócio, fazer os investimentos que precisa para repor capacidade de produção e melhorar a produtividade nas operações sem ter que contar, a curto prazo, com dinheiro do investidor.
Na indústria de fertilizantes, é conhecida a disposição da Vale em encontrar um sócio estratégico. Existe, porém, uma avaliação de que várias empresas estrangeiras que exportam fertilizantes para o Brasil, mas não estão instaladas no mercado brasileiro, não teriam interesse em se associar à Vale pois passariam a concorrer com elas mesmas. Essa situação limitaria o leque de potenciais parceiros. A norueguesa Yara é apontada como a candidata mais forte. Uma opção talvez seja atrair investidor financeiro. É preciso considerar ainda a difícil situação do mercado, com a queda nos preços dos fertilizantes.
"Discordo. Não são poucos os candidatos. Quem falou não olha [o cenário] de maneira mais aberta", disse fonte próxima da Vale. A questão é que a transação não precisa mais ser feita a qualquer preço. A Vale Fertilizantes ganhou fôlego para fazer a operação no momento certo, com o sócio que considerar mais adequado e nas condições mais vantajosas para os acionistas da mineradora.
O banco Credit Suisse disse esperar, em relatório publicado esta semana, que os potenciais investidores da Vale na área de fertilizantes atribuam maior valor a essa divisão da mineradora. Os resultados da Vale na área de fertilizantes vem melhorando desde o primeiro trimestre de 2014 e começam a ganhar relevância, escreveram os analistas Ivano Westin, Renan Criscio e Ana Zinser. Westin disse que a partir do primeiro semestre de 2014 o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da área de fertilizantes da Vale passou a ser positivo. E a tendência, segundo ele, é que a contribuição dos fertilizantes dentro da Vale seja ainda maior.
A fatia maior dos fertilizantes na receita da Vale deve ser percebida hoje quando a empresa divulgar os dados do terceiro trimestre de 2015. É preciso considerar que, em termos trimestrais, o negócio está sujeito à sazonalidade determinados pela safra agrícola. Dados do segundo trimestre de 2015 mostram que a divisão de fertilizantes da Vale registrou, de abril a junho, US$ 614 milhões de receita operacional bruta, 8,7% da receita total da mineradora no período, de US$ 7 bilhões. No segundo trimestre de 2014, a contribuição dos fertilizantes para a receita operacional total havia sido de 6,6%.
O Credit Suisse destacou ainda no relatório as melhorias operacionais obtidas na área de fertilizantes da Vale, as quais foram combinadas com iniciativas de cortes de custos e com avanços na estratégia de vendas. Houve também benefícios da desvalorização do real. Westin avaliou que a Vale tem vantagens comparativas em fertilizantes pelo fato de estar no Brasil, onde há oferta de terras para agricultura e disponibilidade de água. Afirmou que a empresa tem bons ativos, bem localizados e dispõe de logística de porto e ferrovia via Valor da Logística Integrada (VLI), empresa da qual é sócia.
Fonte: Valor Econômico 

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1 comentários:

Unknown disse...

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