CNTQ entra com ação contra decisão que impede a ultratividade


A CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico) entrou com uma ação contra a decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu os processos em andamento na Justiça do Trabalho que seguiam norma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) referente a acordos coletivos – a Súmula 277. O entendimento até então vigente do TST, desde 2012, era que, caso não houvesse novo acordo entre patrões e empregados, permanecia valendo o acordo coletivo anterior (ultratividade).
Para a presidente do STIQUIFAR e diretora da CNTQ, Graça Carriconde, num momento em que os trabalhadores são ameaçados pelo desemprego em massa, onde algumas  empresas se encontram em dificuldade financeira e outras usam estas mesmas dificuldades para deixar de pagar direitos trabalhistas conquistados sob muita luta, é lamentável a postura do STF (Supremo Tribunal Federal) ao conceder medida cautelar suspendendo todos os processos e efeitos de decisões no âmbito da Justiça do Trabalho que discutam a aplicação da ultratividade de normas de acordos e de convenções coletivas.
Através dessa medida adotada pelo STF, enquanto não é assinado um novo Acordo Coletivo, o anterior perde o efeito, trazendo diversos danos aos trabalhadores, principalmente num momento em que o Brasil tem 12 milhões de desempregados e quem está no mercado precisa de amparo, respaldados num Acordo Coletivo.



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