Operários da Manserv fazem paralisação em SP


Fonte: Repórter Diário
Na manhã desta quinta-feira (18), parte dos funcionários da Manserv, uma das empresas que prestam serviço para a Braskem, em Santo André, ficaram em greve. A Manserv possui cerca de 800 operários dentro da indústria petroquímica e não pode contar com 10% dos trabalhadores, que ficaram de braços cruzados em frente ao portão 4 da Braskem, onde reivindicavam equiparação de salários em relação a outras empresas e o pagamento do vale-alimentação.
Segundo os grevistas, o benefício está atrasado há um mês. O fato foi desmentido pelo diretor da Manserv, Marcio Baggi. "Eles têm de se adequar às normas da empresa. Sempre pagamos o VA dia 30 e não vai ser diferente", disse. Baggi garante que se os funcionários não voltassem ao trabalho todos serão demitidos. "A paralisação é ilegal. Não tem motivo para isso. Eles têm de honrar o acordo mantido", afirma.
Outra reclamação dos grevistas é a equiparação de salários em relação à Odebrecht. O piso salarial da Manserv é de R$ 1,8 mil e o da construtora chega a R$ 2.096. "Trabalhamos sob risco de periculosidade e o trabalho é totalmente o mesmo. Não tem diferença", disse um dos funcionários. "Pagamos dentro da média local. Isso é o piso da categoria", diz Baggi.
Os funcionários da Manserv também reclamaram da ausência do Construmob (Sindicato dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário de Santo André e Mauá) na greve. O sindicato da categoria alega que não foi comunicado da paralisação. "Eles foram precipitados. Essa greve não é séria, pois se fosse estariam todos os funcionários, mas vamos conversar e ver o que fazemos", comenta Geovã Evangelista Brito, secretário geral do sindicato.
Salários
Sobre a diferença de salários o sindicato informa que não tem sentido. "A Odebrecht é da Bahia e lá o piso é mais alto do que aqui. Isso não tem o que fazer", acredita. Brito acha muito difícil os funcionários serem demitidos, pois segundo a empresa precisa de mão-de-obra. "Ter uma perda de 80 empregados do dia pra noite não é fácil", avalia.
A Braskem informa que a manifestação ocorrida nesta quinta-feira (18) foi realizada por parte do grupo de empregados da Manserv, uma das empresas contratadas para atuação na Parada Geral de Manutenção das unidades industriais do Polo.

Segundo a empresa, a ação não afetou a continuidade dos trabalhos previstos no cronograma e não gerou impacto. A Braskem se colocou à disposição para apoiar a resolução da situação, mas reforça que a gestão dos funcionários terceiros é de responsabilidade de cada empresa contratada e que o tema já está sendo tratado pela Manserv.

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