A empresa Terra Brasil Minerals assinou ontem um protocolo de intenções bilionário para extração de fosfato, potássio, titânio e terras raras nos municípios de Patos de Minas e Presidente Olegário. A informação é do portal Diário do Comércio, publicado nesta quinta-feira (3/12). O principal foco das operações será a produção de fósforo e potássio, utilizados na fabricação de fertilizantes agrícolas.
De acordo com o texto, com um investimento de R$ 2,4 bilhões, o empreendimento deverá gerar 250 empregos diretos e 1,3 mil indiretos na região do Alto Paranaíba. “É importante acompanhar de perto cada investimento que chega a Minas Gerais. Essa diversificação da economia é fator importantíssimo para alavancar o desenvolvimento, fomentando, cada vez mais, a geração de emprego e renda”, pontua o governador Romeu Zema.
Apesar de o início das operações estar previsto para 2027, o CEO da Terra Brasil, Eduardo Duarte, afirma que, já em 2024, vagas de trabalho vão começar a ser abertas. “Estamos nos trabalhos finais, realizando testes metalúrgicos e físico-químicos. 2027 é um prazo conservador, mas a geração de empregos deve começar nos próximos três anos”, conta.
De acordo com Eduardo Duarte, a companhia já concluiu diversas etapas estratégicas que já asseguram a certificação final da jazida, como a prospecção dos negócios e a avaliação geológica junto aos órgãos reguladores nacionais.
A jazida a ser explorada possui aproximadamente 1,6 mil hectares de área e é considerada a maior do Estado e uma das maiores do País, com volume estimado em 2 bilhões de toneladas de minerais. Atualmente, o Brasil importa 60% dos fertilizantes usados pelo agronegócio. Com a extração de fósforo e potássio na nova jazida, será possível aumentar a produção destes insumos agrícolas e ofertá-los a preços mais competitivos no mercado.
Inovação – Além da redução de custos, o projeto proposto pela Terra Brasil visa ainda a reduzir impactos ambientais, mitigar riscos e aumentar a qualidade dos produtos. O objetivo é estabelecer uma rota de processo de beneficiamento mineral para a produção de fertilizantes específicos para culturas brasileiras. “O foco da produção de fertilizantes é o mercado interno. O próprio Alto Paranaíba é um grande consumidor de insumos agrícolas”, complementa o CEO da Terra Brasil.
Eduardo Duarte salienta que grande parte dos avanços científicos e tecnológicos que possibilitarão as atividades de extração na jazida de Patos de Minas e Presidente Olegário são frutos de parcerias com instituições de ensino e pesquisa como a Universidade Federal de Viçosa (UFV), a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), além do Observatório Nacional e do Senai. “Desenvolvemos um processo que separa os elementos. O titânio e as terras raras serão produtos dessa separação. Já geramos três patentes, e parte dos direitos intelectuais e comerciais será destinada a essas instituições”.
Fonte: Jornal de Patos de Minas
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