Praticamente dobrou o número de pessoas que enfrentam
dificuldades na liberação do seguro-desemprego em São Paulo. Levantamento feito
pelo Estado com a Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (Sert), órgão
que recebe pedidos pelo benefício federal no Estado, aponta que cerca de 4 em
cada 10 solicitações (38% dos casos) ficaram presas na “malha fina” do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), entre janeiro e maio de 2016.A situação tem se intensificado desde o dia 20 de
abril, com a inauguração de uma nova versão do sistema antifraudes para a
liberação do benefício, batizado de Mais Empregos. A nova tecnologia passou a
cruzar as informações dos segurados e das empresas com os bancos de
dados da Receita Federal e da Caixa Econômica Federal (CEF).
Na prática, o efeito imediato
é que, para algumas pessoas, o tempo para a obtenção do seguro, que normalmente
leva 30 dias depois de protocolado o pedido, saltou para 120 dias. Acrescidos
os trâmites iniciais, a ida e vinda de recursos e os prazos de agendamento nos
departamentos públicos, esse prazo pode se estender por até oito meses desde a
baixa na carteira de trabalho, segundo conta o supervisor-geral do
seguro-desemprego da Sert, Miguel Sanches. “Essa é uma realidade nova que o
segurado enfrenta”, conta Sanches. “É muito tempo para quem está desempregado.”
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