Moraes tentou manter a calma e ignorar a série de
palavrões direcionada a ele e ao governador Geraldo Alckmin. Logo vieram mais pessoas,
começaram a empurrar os jornalistas e partiram para a agressão. Policiais da
Força Tática (um dos grupos de elite da PM de SP) se aproximaram e, junto com
os seguranças particulares dele, o retiraram do local.
Surpreso com a reação dos manifestantes, o secretário
tentou atravessar a Avenida Paulista e chegar até onde estava a tropa de
choque. Não teve êxito. Cerca de 20 pessoas o cercavam falando palavras de
baixo calão e alguns mais exaltados tentaram dar tapas na sua cabeça. Neste
momento, os Pms da tropa de choque perceberam a gravidade da situação e
ameaçaram partir para o confronto.
O secretário ganhou mais proteção e conseguiu chegar até
a esquina da Alameda Campinas com Avenida Paulista e sair do local. Minutos
antes um casal levou socos no rosto ao tentar ajudar um rapaz, que era
agredido, por vestir camiseta vermelha. A PM o colocou num carro e o retirou
dali.
Nem a ameaça de agressão física ao secretário de
Segurança Pública de SP foi motivo suficiente para a Polícia Militar retirar os
manifestantes que fecharam as duas mãos da Avenida Paulista desde o início da
noite de ontem (16). Os responsáveis pelo comando da tropa, tenente coronel
Leonidas e major Harry, afirmaram que só ocorreria repressão se a ordem pública
fosse quebrada.
Por muito menos, sindicalistas e estudantes são agredidos
com spray de pimenta e balas de borracha quando ocupam duas pistas da mesma
Avenida Paulista. Amanhã (18), neste mesmo palco, ocorrerá manifestação
favorável ao governo, a partir das 16h, no vão livre do Masp, a poucos
metros do prédio da sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de SP).
Será que a PM terá a mesma tolerância???
Fonte: CNTQ
0 comentários:
Postar um comentário