Radicalismo injustificável na Avenida Paulista




O radicalismo ganhou as ruas do Brasil. No final da manhã de hoje (17/3), o secretário da Segurança Pública de SP, Alexandre de Moraes (PSDB), foi expulso da Avenida Paulista, quando concedia entrevista aos jornalistas. Rapidamente um grupo de manifestantes pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) se aproximou e começou a xingá-lo.
Moraes tentou manter a calma e ignorar a série de palavrões direcionada a ele e ao governador Geraldo Alckmin. Logo vieram mais pessoas, começaram a empurrar os jornalistas e partiram para a agressão. Policiais da Força Tática (um dos grupos de elite da PM de SP) se aproximaram e, junto com os seguranças particulares dele, o retiraram do local.
Surpreso com a reação dos manifestantes, o secretário tentou atravessar a Avenida Paulista e chegar até onde estava a tropa de choque. Não teve êxito. Cerca de 20 pessoas o cercavam falando palavras de baixo calão e alguns mais exaltados tentaram dar tapas na sua cabeça. Neste momento, os Pms da tropa de choque perceberam a gravidade da situação e ameaçaram partir para o confronto.
O secretário ganhou mais proteção e conseguiu chegar até a esquina da Alameda Campinas com Avenida Paulista e sair do local. Minutos antes um casal levou socos no rosto ao tentar ajudar um rapaz, que era agredido, por vestir camiseta vermelha. A PM o colocou num carro e o retirou dali.
Nem a ameaça de agressão física ao secretário de Segurança Pública de SP foi motivo suficiente para a Polícia Militar retirar os manifestantes que fecharam as duas mãos da Avenida Paulista desde o início da noite de ontem (16). Os responsáveis pelo comando da tropa, tenente coronel Leonidas e major Harry, afirmaram que só ocorreria repressão se a ordem pública fosse quebrada.
Por muito menos, sindicalistas e estudantes são agredidos com spray de pimenta e balas de borracha quando ocupam duas pistas da mesma Avenida Paulista. Amanhã (18), neste mesmo palco, ocorrerá manifestação favorável ao governo, a  partir das 16h, no vão livre do Masp, a poucos metros do prédio da sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de SP). Será que a PM terá a mesma tolerância???

Fonte: CNTQ

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