Vale demite quem trabalha e mantém mordomias e altos salários de “chefes”

Demissões sem justificativas e sem critérios, sem analisar experiência e importância dos trabalhadores dentro da empresa. A Vale Fertilizantes, em Uberaba e Araxá, vem promovendo demissões dessa forma. Em Uberaba, somente esta semana foram demitidos cinco trabalhadores, todos com mais de 15 anos de empresa, portanto mão de obra experiente.  Em Araxá, então, a situação é ainda pior, são dez demissões a cada semana na unidade da Vale naquele município.

A direção do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Uberaba e Região (Stiquifar) tem reunião marcada com o diretor industrial da Vale, Paulo Dangelo, e vai cobrar essas questões. O encontro acontece no dia 10 de março de 2016.

No ano passado, a empresa já havia demitido cerca de 20 pessoas com as mesmas características. E, agora, após o carnaval, voltou a demitir e Uberaba. O maior absurdo, no entendimento do Stiquifar, é que são demissões sem critérios, e de trabalhadores extremamente necessários.

Na contramão destas demissões absurdas, a Vale Fertilizantes em Uberaba mantém “chefes” ou “assessores” sem funções apenas recebendo altos salários sem necessidade. Os salários destes “chefes” vão de R$ 18 mil a R$ 25 mil mensais. Funcionários estes oriundos de fora e apadrinhados pela direção da empresa.

A empresa também não se manifestou sobre as demissões, tanto de Uberaba, quanto de Araxá. Além disso, a Vale tem colocado pessoas sem experiência, mas ganhando menos, fazendo trabalhos perigosos e com necessidade de experiência, em casos, por exemplo, de Risco 3, considerado elevado.

No setor de Expedição do Bicalcio, por exemplo, hoje tem três turnos interrompidos, com o mesmo número de trabalhadores que atendiam dois turnos. Sobrecarregando os trabalhadores. Hoje são 16 trabalhadores fazendo trabalho que deveria ser de 24. Esse assunto também será levado pela direção do Stiquifar na reunião com a diretoria da Vale.