Doenças e lesões ligadas à vida profissional causam a morte de 1,9 milhão de pessoas por ano, de acordo com a primeira estimativa conjunta da Organização Mundial da Saúde, OMS, e da Organização Internacional do Trabalho, OIT.
Longas jornadas
A maioria das mortes tem relação com doenças respiratórias ou cardiovasculares. Enfermidades crônicas do pulmão causam cerca de 450 mil mortes por ano; acidente vascular cerebral causa 400 mil mortes e doenças do coração, 350 mil. O impacto causado por lesões ocupacionais representa 19%, ou 360 mil mortes.
O estudo considera 19 fatores de risco no trabalho, incluindo jornadas muito longas e exposição à poluição do ar, a cancerígenos, ao barulho e a fatores de risco ergonômicos. O principal risco está associado a muitas horas seguidas de trabalho, um padrão que afeta a saúde das pessoas e que chega a causar 750 mil mortes por ano.
O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, declarou que o relatório serve para que países e empresas “acordem para a importância de melhorar e proteger a saúde e a segurança dos trabalhadores, fornecendo cobertura universal para serviços de saúde ocupacional”.
Mudança de padrão
As mortes e lesões ligadas à atividade profissional podem ter um “impacto catastrófico nas rendas das famílias”. O relatório destaca que as mortes por doença do coração ou por AVC associadas a longas horas de trabalho subiram, respectivamente, 41% e 19%, entre 2000 e 2016.
O relatório mostra a necessidade de mais ações para garantir ambientes de trabalho mais saudáveis, seguros, resilientes e justos. A OMS e a OIT sugerem, por exemplo, acordos sobre um limite máximo de horas de trabalho que seja saudável.
Já para reduzir a exposição à poluição do ar, a recomendação é para melhorar a ventilação dos locais de trabalho, controlar a poeira e sempre fornecer equipamento de proteção.
O diretor-geral da OIT, Guy Ryder, explica que os fatores de risco podem ser eliminados com mudanças nos padrões de trabalho e pede a governos e a empregadores para tomarem medidas para reduzir a exposição a esses riscos.
Fonte: Força Sindical
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