STF nega pedido para aumentar indenização paga pela Vale a atingidos em Brumadinho

 


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio negou, nesta quarta-feira (24), o pedido para que fosse revisto o acordo indenizatório pelo rompimento, em janeiro de 2019, da barragem do Córrego do Feijão, mantida pela mineradora Vale S.A. na cidade de Brumadinho, Minas Gerais.

O pedido de revisão do acordo foi feito ao STF em 10 de fevereiro por representantes dos moradores das 27 cidades mineiras devastadas pela lama liberada no rompimento da barragem. Os atingidos se sentem prejudicados pelo acordo, uma vez que, dos R$ 37,6 bilhões acordados, apenas R$ 9,17 bilhões se destinam ao auxílio mensal pago às famílias atingidas. O acordo foi feito entre o governo estadual, as instituições de Justiça e a mineradora Vale.

O pedido ao STF foi feito por meio de uma Arguição de Descumprimento de Preceitos Fundamentais (ADPF), protocolado pelo PT e pelo Psol e assinado também pelo Movimento Pela Soberania Popular Na Mineração (MAM), Movimento Atingidos por Barragens (MAB) e a Associação Nacional dos Atingidos por Barragens (Anab).

O pedido

Contrários ao acordo firmado entre o estado de Minas Gerais e a mineradora Vale S.A., o pedido questiona a falta de participação dos atingidos nas negociações, além de reiterar que o valor final do acordo, de R$ 37,68 bilhões, é inferior ao valor de R$ 54 bilhões, originalmente sugerido pela Fundação João Pinheira, vinculada ao governo estadual.

A ação pedia, ainda, que o Supremo faça um reequilíbrio dos valores ajustados no acordo, já que grandes quantias não irão para a reparação em Brumadinho ou cidades da Bacia do Paraopeba.

 

Fonte: https://www.brasildefato.com.br/

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