A diretoria do Stiquifar (Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Uberaba e Região) comunica os trabalhadores
da Mosaic Fertilizantes que já tomou as medidas cabíveis na esfera jurídica
para impedir a política neoliberalista. Medida vinda dos países como Estados
Unidos, com objetivo de massacrar a classe trabalhadora, ignorando todos os
direitos trabalhistas, psíquico e social, visando exclusivamente os lucros da
empresas.
A entidade classista lamenta a situação vivenciada pela
categoria, dentro da Mosaic Fertilizantes, pois há muitos tempo, a empresa
deixou de ser uma unidade atrativa para se trabalhar. Além de trocar os funcionários capacitadas em
setores estratégicos, por novatos com a finalidade de reduzir a folha de
pagamento. Muitos funcionários já perceberam esse movimento e estão pedindo as
demissão para ocupar vagas em empresas que os remuneram melhor, respeitem suas
qualificações profissionais e ofereçam condições dignas de trabalho.
Faz tempo que o sindicato vem tentando mostrar aos responsáveis
pela empresa que é grande a insatisfação dos trabalhadores, dentro da Mosaic,
pois não reconhecem o suor do trabalhadores para baterem a meta de produção.
Por causa disto, muitos estão ficando doentes psicologicamente ou tendo
problemas com os seus familiares. “É deplorável ver uma empresa do porte da
Mosaic, que pertence ao setor de fertilizantes que não sofreu nenhuma crise em
virtude de pandemia de Covid-19, tratar os seus colaboradores com tamanho
desprezo e falta de respeito”, desabafam.
MAIS POR MENOS
O sindicato vem acompanhando a política adotada pela Mosaic
Fertilizantes, desde quando foi aprovada a Reforma Trabalhista, quando começaram
a reduzir o quadro de funcionários. Com isso, muitos trabalhadores passaram a
serem pressionados e intimidados a ficarem sem horário de almoço
e descanso ou até mesmo reduzir o horário de repouso para darem conta de
cumprirem a meta de trabalho. “A Mosaic não é diferente das empresas
estrangeiras, que não tem responsabilidade civil com os seus trabalhadores. Eles não estão preocupados com a saúde física e nem psicológica dos funcionários, eles
querem apenas cumprirem as metas de produção, a qualquer custo”, afirmam.
Uma denúncia grave que chegou ao sindicato é que tem
funcionários que não estão cumprindo rigorosamente o tempo de descanso, entre uma
jornada de trabalho para outra. Tem gestores que estão convocando os
funcionários para fazerem horas extras, sem fazerem uso devidamente de suas
folgas, e caso não concordem podem ser mal avaliados pelos seus gestores
interferindo na sua avaliação. O que refletirá no índice de ter uma boa avaliação
para serem bem remunerados no PPR (Programa Participação nos Resultados)
“A Mosaic usa uma política tão neoliberal, que apesar de não
ser transparente os critérios de avaliação para conceder o benefício do PPR aos
trabalhadores. Tem supervisores, tão despreparados, que quando os funcionários
não se sujeitam a extrapolar as horas-extras, colocando a sua saúde em risco,
são severamente punidos com descontos nos seus direitos trabalhistas ou
benefícios. Sem contar que deixam de atender solicitações, referente ao plano
de saúde e o seguro de vida, entre outros itens que são de direito da categoria”,
pontuam
Os diretores revelam que
não desrespeitam somente o horário de almoço, mas também a folga de trabalho, depois
de quatro dias de jornada, com 4 dias de folgas. E que os empregados envolvidos
são intimidados a comparecerem na empresa descumprindo o Acordo Coletivo
assinado entre as partes. “Enfim, devido ao sucateamento dos equipamentos de
forma geral. Existe uma sobrecarga de trabalho laboral, com quadro abaixo do
mínimo de empregados necessários para exercer a atividade”, completam.
SEM RESPEITO PELA VIDA
As negligencia da Mosaic Fertilizantes não param por aí. Os
trabalhadores denunciaram ao sindicato que em tempo de pandemia de Covid-19,
está faltando álcool em gel para higienizar as mãos e equipamentos de uso
coletivo. “Ficamos sabendo que a empresa, do porte da Mosaic, está tendo
capacidade de oferecer álcool normal, ao invés do recomendado pela Vigilância Sanitária.
Sem contar que os ônibus que realizam o deslocamento dos funcionários estão
lotados, facilitando o contágio não só dos mesmos, mas colocando em risco a
família de todos os trabalhadores da empresa. O que é um absurdo, pois muitos convivem
com pessoas do grupo de risco que são idosos e crianças e é inadmissível a
empresa brincar com saúde, pois é uma coisa séria”, finaliza.
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