Em ritmo de Carnaval, aposentados levaram macas, cadeiras de
rodas e réplicas de caixões para a avenida Paulista, em São Paulo, em protesto
contra a reforma da Previdência. A manifestação desta terça-feira (30) contou
com a participação de cerca de 2.000 pessoas, segundo os sindicatos que
organizaram o evento. A Polícia Militar não forneceu estimativa.
Ensaiando alguns passos de samba durante o percurso, o
aposentado Avelino Rossas Araújo, 72, diz que a reforma proposta pelo governo
poderá afetar seus netos. "Hoje em dia, ninguém registra [a Carteira de
Trabalho], é só bico. Vai ser muito mais difícil para os meus netos e os jovens
se aposentarem", afirma.
A aposentada Faraildes Gorto, 60, também diz estar
reivindicando melhorias para seus herdeiros. "Não tem condições trabalhar
até os 62 anos [no caso das mulheres]. Acho que o governo deveria rever e fazer
[a aposentadoria] não por idade, mas por tempo de contribuição". Hoje, uma
das possibilidades de se aposentar é contribuir por 30 anos (mulheres) ou 35
(homens), sem idade mínima.
Protestem sempre que houver convocação de protesto. Só assim
poderemos mudar o Brasil.
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