Salários atrasados e condições de trabalho ruins dominaram
as reivindicações dos grevistas no ano passado. Foram mais de duas mil greves
(2.093) tanto no setor privado quanto no público, a grande maioria (81%)
considerada defensiva pelo Dieese, que realiza o levantamento. São greves cujo
objetivo é apenas manter direitos. E em 56% das greves, o atraso no pagamento
de salários motivou movimento.
A crise fiscal foi outro indutor de greves defensivas:
— São greves contra atraso no pagamento de salário e décimo
terceiro, por falta de depósito do FGTS e não quitação de verbas rescisórias.
Esses trabalhadores terceirizados trazem essa pauta defensiva.
Nos anos anteriores, esse tipo de greve era menos frequente.
O aumento do poder de barganha dos sindicatos com o pleno emprego até 2014
tornou essas reivindicações secundárias no movimento grevista.
— São categorias frágeis, que sofrem com a precariedade nas
condições de trabalho, muita rotatividade e um descumprimento crônico dos
direitos.
No setor privado, a situação ainda é pior: foram 86% das
greves para manutenção ou por descumprimento de direitos. E 52,5% das
paralisações aconteceram contra atraso de pagamento de salários.
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