Seus direitos, trabalhador, não são presentes do “Papai Noel”

 Líder sindical lembra que somente através de muita luta, e com o trabalhador do lado do sindicato é que as conquistas acontecem



Mais um ano está chegando ao fim, e assim como os anteriores, foi extremamente difícil em relação às negociações coletivas. Esta é a visão da presidente do Stiquifar, Graça Carriconde. Ela afirma que o empregado está percebendo nitidamente, ano após ano, suas perdas salariais. “Se basearmos no salário mínimo, onde este ano foi de quase 8% de reajuste, e a gente consegue menos que isto, é uma perda”, lamenta.

 

Mas em contrapartida, a sindicalista reforça que, dentro da realidade da indústria química e farmacêutica de Uberaba e Região, e também a nível nacional, o trabalhador tem o reajuste do INPC pago integralmente. “E ao contrário dos anos anteriores, tivemos um aumento real de 0,5%, além de um mínimo de 6% e máximo de 16% no ticket alimentação. Isto, apesar das empresas sempre estarem colocando dificuldades da manutenção, da produtividade. Se queixam de muitas perdas”, informa, lembrando que isto força o desenvolvimento de novos produtos, como é o caso da Mosaic P&K. Neste contexto, Graça comemora este ano atípico, que o Stiquifar, com muita luta junto com o trabalhador, conseguiu nivelar as negociações dentro de um patamar acima do que foi feito nos anos anteriores.

 

Ela acredita que o trabalhador tem criado algumas resistências, já que mesmo assim percebe as perdas salariais. Mas reforça que sem a categoria, o sindicato não tem sucesso, já que a participação efetiva dos trabalhadores é fundamental. “Estar presentes em Assembleias para votação, reprovação de pautas, é o que move uma negociação a fim de angariar ganhos para a categoria. Hoje temos ainda quatro empresas para fecharmos as pautas e aprovar junto aos trabalhadores. Acredito que duas resolveremos ainda este ano, as outras ainda não mandaram propostas depois de reprovação da pauta por parte do trabalhador. Estamos aguardando”, alega.

 

Finalizando, a líder sindical diz que é preciso que todos venham fortalecer a luta, que está cada vez mais difícil, com o distanciamento do trabalhador. “Nada cai do céu. Tudo é luta. Os gestores nada oferecem aos empregados, a não ser que eles venham até nós com suas demandas para podermos lutar juntos. Afinal, não dá pra acreditar em Papai Noel”, ironiza, mas ao citar o “bom velhinho” aproveita para desejar a todos os trabalhadores e trabalhadoras um ano cheio de realizações, saúde, paz, e acima de tudo muitas conquistas. “Precisamos de vocês no ano vindouro, para que possamos garantir e manter benefícios conquistados com muita luta”, conclui.




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