A prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo informou na tarde desta segunda-feira que recebeu uma nota da Vale comunicando a suspensão temporária na disposição de rejeitos na barragem Laranjeiras, advindos da mina de Brucutu. A estimativa é que a suspensão temporária perdure entre um e dois meses. A mineração confirmou a decisão de suspender a disposição enquanto "conduz avaliações sobre as caraterísticas geotécnicas da barragem."
A Vale comunicou a prefeitura que "a barragem se encontra no nível 1 de emergência, em conformidade com o protocolo da Agência Nacional de Mineração (ANM), o que não requer evacuação da população". Segundo a Vale, a barragem Laranjeiras teve sua Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) emitida em 30 de setembro de 2019, que permanece válida.
No período de paralisação, Brucutu deve operar com cerca de 40% de sua capacidade por meio de processamento e úmido com rejeito filtrado e empilhado. O impacto da paralisação fira em torno de 1,5 milhões de toneladas de minério de ferro por mês.
"Diante dessa situação, a prefeitura esclarece que foi solicitado à diretoria da Vale e responsáveis pela mina um diagnóstico com mais informações sobre a barragem para que o município tome as providências cabíveis para garantir a segurança da população", informou a prefeitura.
A administração municipal ainda ressalta que as ações e projetos execução seguem garantidos. "O executivo lamenta suspensão das operação e reafirma sua posição de que a segurança da população tem que ser prioridade", completou.
Entretanto, segundo a Vale, "esta suspensão temporária não altera o guidance de vendas de minério de ferro e pelotas, que permanece em 2019 e no 4T19 entre 307 - 312 Mt e entre 83 - 88 Mt, respectivamente. No entanto, para o 1T20, a expectativa é de que produção e vendas fiquem entre 68 - 73 Mt, em função da sazonalidade, do retorno gradual e seguro das operações e em linha com a estratégia de margem sobre volume."
A barragem de Laranjeiras tem capacidade de 5,8 milhões de metros cúbicos de lama e rejeitos. A inundação decorrente de uma eventual ruptura se estenderia por 183 quilômetros a jusante da estrutura, no Rio Piracicaba, próximo à afluência com o Rio Doce
Fonte: O Estado de Minas
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