A
Heringer apresentou o Plano de Recuperação Judicial. A classe trabalhadora receberá
100% do crédito no valor de R$29,1 milhões, enquanto os credores, 60% do valor das
dívidas, R$271,4 milhões. O plano, também consta acordo aos credores
quirografários, ou seja, credor de uma empresa falida que não possui qualquer
tipo de garantia para receber seus créditos. Nesse caso, se houver consenso,
pois o plano ainda seguirá para assembleia, receberão 20%, R$ 1,7 bilhão com
carência de dois anos para início dos pagamentos. A classe é a que possui mais
valores a receber.
O
Stiquifar – Sindicato dos Químicos e Farmacêuticos de Uberaba e Região está
acompanhando todo processo judicial e decisório de perto. De acordo com Daniel
Guimarães, jurídico de Stiquifar, esse processo segue independente, pois o
sindicato, enquanto instituição para fins trabalhista, não atua nos processos
legais de recuperação judicial. “Nós estamos acompanhando tudo. Já entramos em
contato com o jurídico de Heringer e estivemos em Campinas. Consta no documento
de aproximadamente 2200 páginas que a Heringer pagará o valor total aos
trabalhadores”.
A
presidente do Stiquifar Graça Carriconde afirma que o sindicato não pode ser
negligente nessa hora. “O jurídico da Heringer está agindo de forma correta.
Não medimos esforços para que o trabalhador recebe o que é de direito. Serão
pagos os 100%. Esse montante já consta no plano. Por enquanto, está tudo sobre
controle. Caso haja necessidade, buscaremos soluções. Mas nesse momento, não há”.
A
Heringer foi fechada no início de fevereiro e demitiu 100 trabalhadores. As
homologações foram feitas dentro do Stiquifar em uma ação conjunta, inclusive
com a participação dos diretores.
Em
paralelo, a Fertilizantes Heringer propôs também no plano, a venda através de
leilão judicial das sete unidades produtivas, localizadas em Uberaba (MG),
Rosário do Catete (SE), Três Corações (MG), Dourados (MS), Rio Verde (GO), Porto
Alegre (RS) e Rio Grande (RS), também previsto no art. 730 do Código de
Processo Civil.
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