Prefeitos e governadores em todo o país já comemoram o que
será o fim do Piso Nacional dos Professores, proposta de Michel Temer (PMDB)
para aplicação em seu eventual governo.
A ideia de Temer é modificar a Lei 11.738-2008 e criar um
programa batizado de “Travessia Social”, que daria ‘bônus’ aos docentes que
‘melhorassem’ o desempenho dos alunos e também ‘aperfeiçoassem’ suas práticas
pedagógicas.
Ou seja, em vez de reajustes anuais lineares a partir do mês
de janeiro de cada ano para todos os educadores da educação básica pública, tal
como reza a lei 11.738-2008, apenas os educadores que cumprirem as metas do
‘novo’ programa teriam direito a uma espécie de abono, que sequer vai para a
aposentadoria. Desde 2009, os reajustes do piso se dão pelo mesmo índice de
crescimento do custo-aluno, sempre acima da inflação oficial.
Os especialistas nos assunto, chamaram de atraso, diz na
educação e para a valorização dos professores. A Doutora em Educação Maria
Esther Salgado explica que o desempenho dos alunos não é resultado exclusivo da
atuação dos seus mestres, vez que o ensino-aprendizagem envolve diversos outros
elementos, como a estrutura das escolas, as condições de trabalho e o próprio
nível congnitivo de cada discente. Ao se querer reduzir tudo isso somente à
atuação do educador, tenta-se na verdade justificar a ausência de valorização
desse profissional pondo a culpa apenas nele mesmo. Para ela, essa proposta não
passa portanto de golpe no magistério.
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