POR FERNANDO BRITO
Enquanto, com todo o direito, o povo brasileiro celebrava sua história e sua alegria na abertura da Olimpíada, outros jogos estão sendo aberto,s quase em silêncio.
O Globo traz hoje o que será a reforma trabalhista do governo golpista.
Tudo será negociado entre aquele que tem todo o poder e os representantes daqueles que só têm a força de trabalho, porque nem mesmo emprego hoje lhes é garantido.
Tudo passa a ser objeto de acordo: férias, 13º, duração da jornada de trabalho e até mesmo os intervalos para almoço e lanche.
Querem chegar àquela vontade expressa pelo empresário Benjamim Steinbruch, do trabalhador comer o sanduíche com uma mão e trabalhar com a outra!
Diz a reportagem de Geralda Doca, em O Globo:
Na prática, tudo o que estiver na CLT poderá ser alvo de negociação.
Não é preciso me alongar aqui sobre a força que cada lado tem numa negociação, desequilíbrio que é ainda maior num quadro onde conservar o emprego já é uma grande vitória.
O espantoso – ou nem tanto – é que existem setores do movimento sindical – em geral, suas elites – que acham muito bom poderem negociar tudo.
Mentira e traição.
A lei trabalhista não impede nenhum benefício a mais.
Intervalos no trabalho não são lazer, do qual se possa abrir mão. São ferramentas necessárias para a saúde e a segurança do trabalhador.
Qualquer pessoa pode ir lá na CLT e ler no artigo 71 que o intervalo, quando a jornada excede seis horas, é para repouso ou alimentação. Um “gravatinha” pode até dispensar 15 minutos de sua hora , mas imagine um trabalhador da construção civil almoçando em meia hora e em seguida voltando a carregar sacos de cimento ou baldes de concreto…
E é mentira que não possa ser reduzido, se a empresa oferecer e comprovar perante o Ministério do Trabalho, que oferece boas condições para isso (§ 3º). Como é mentira que essa hora não possa ser trabalhada excepcionalmente, sendo paga com o adicional de 50% igual ao da hora-extra, o que ela é, de fato.
Sindicalista que entrar nessa, em nome de “aumentar o poder de negociação” vai ser visto como quem está vendendo o direito dos trabalhadores. Quando não o de suas próprias categorias, o dos trabalhadores sem “poder de fogo” sindical, dispersos, cuja única garantia é a lei que, há mais de 70 anos, Getúlio Vargas fez para defendê-los.
Aqueles que não têm sindicato para brigar e que só podem correr atrás de seus direitos quando são demitidos, porque reivindicar, para eles, é o próprio olho da rua!
Serão tão canalhas quanto os que querem fazer o trabalhador brasileiro voltar a condições escravocratas, não importa se cobertos por um “acordo sindical”.
Modernidade é valorização da vida humana, não a sua redução a ferramenta descartável do dinheiro!
O Globo traz hoje o que será a reforma trabalhista do governo golpista.
Tudo será negociado entre aquele que tem todo o poder e os representantes daqueles que só têm a força de trabalho, porque nem mesmo emprego hoje lhes é garantido.
Tudo passa a ser objeto de acordo: férias, 13º, duração da jornada de trabalho e até mesmo os intervalos para almoço e lanche.
Querem chegar àquela vontade expressa pelo empresário Benjamim Steinbruch, do trabalhador comer o sanduíche com uma mão e trabalhar com a outra!
Diz a reportagem de Geralda Doca, em O Globo:
Na prática, tudo o que estiver na CLT poderá ser alvo de negociação.
Não é preciso me alongar aqui sobre a força que cada lado tem numa negociação, desequilíbrio que é ainda maior num quadro onde conservar o emprego já é uma grande vitória.
O espantoso – ou nem tanto – é que existem setores do movimento sindical – em geral, suas elites – que acham muito bom poderem negociar tudo.
Mentira e traição.
A lei trabalhista não impede nenhum benefício a mais.
Intervalos no trabalho não são lazer, do qual se possa abrir mão. São ferramentas necessárias para a saúde e a segurança do trabalhador.
Qualquer pessoa pode ir lá na CLT e ler no artigo 71 que o intervalo, quando a jornada excede seis horas, é para repouso ou alimentação. Um “gravatinha” pode até dispensar 15 minutos de sua hora , mas imagine um trabalhador da construção civil almoçando em meia hora e em seguida voltando a carregar sacos de cimento ou baldes de concreto…
E é mentira que não possa ser reduzido, se a empresa oferecer e comprovar perante o Ministério do Trabalho, que oferece boas condições para isso (§ 3º). Como é mentira que essa hora não possa ser trabalhada excepcionalmente, sendo paga com o adicional de 50% igual ao da hora-extra, o que ela é, de fato.
Sindicalista que entrar nessa, em nome de “aumentar o poder de negociação” vai ser visto como quem está vendendo o direito dos trabalhadores. Quando não o de suas próprias categorias, o dos trabalhadores sem “poder de fogo” sindical, dispersos, cuja única garantia é a lei que, há mais de 70 anos, Getúlio Vargas fez para defendê-los.
Aqueles que não têm sindicato para brigar e que só podem correr atrás de seus direitos quando são demitidos, porque reivindicar, para eles, é o próprio olho da rua!
Serão tão canalhas quanto os que querem fazer o trabalhador brasileiro voltar a condições escravocratas, não importa se cobertos por um “acordo sindical”.
Modernidade é valorização da vida humana, não a sua redução a ferramenta descartável do dinheiro!
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